Problema Solucionado
A cidade de Indaiatuba permaneceu por mais de seis anos consecutivos sem promover nenhuma doação de órgãos ou tecidos. Em 2006 foram iniciadas campanhas na cidade, esclarecendo a população sobre a importância da doação. Como consequência do trabalho, em 2006 houve a primeira doação de órgãos no município e, a cada ano, os números continuam crescendo.
Em 2008 aconteceu o primeiro Salão Nacional de Humor sobre Doação de Órgãos, espaço criado para proporcionar à comunidade um novo olhar a respeito do assunto. Através do uso de cartuns, charges, histórias em quadrinhos e caricaturas, as mensagens transmitem a realidade vivida por milhares de pacientes que esperam por transplante no país. Cerca de 120 obras foram vistas por estudantes da rede pública e privada de ensino, frequentadores dos locais de exposição e população em geral. A realização da exposição gerou convites, tornando esta uma mostra itinerante. Além do material de divulgação, as imagens podem ser utilizadas em produtos, comercializados para a manutenção da organização.
A ação promoveu aumento do nível de sensibilização e confiança da população, repercutindo na diminuição da fila de espera de transplantes.
Descrição
A tecnologia social “Salão de Humor sobre Doação de Órgãos” adota uma metodologia participativa. Ela busca envolver a comunidade local e todo o território nacional na realização de um concurso de obras sobre o tema, premiando e divulgando as melhores mensagens de incentivo a doação de órgãos e tecidos.
Durante as inscrições, observou-se que nem todos os participantes do concurso dedicavam-se exclusivamente ao desenho gráfico como profissão. Muitos dos participantes se identificaram com o assunto devido sua afinidade com o desenho, outros por serem alunos de cursos afins e ainda aqueles que o fizeram por hobby. A este grupo juntaram-se artistas profissionais (que publicam seus trabalhos em livros, jornais e outros meios de comunicação), inscrevendo seus quadrinhos, cartuns, charges e/ou caricaturas.
Não houve diferenciação entre um grupo e outro, os profissionais não foram considerados "melhor capacitados" para transmitir as mensagens. Todas as obras foram submetidas a um corpo de jurados (formado por artistas gráficos, médicos transplantadores, especialistas em cultura e atores sociais na área de saúde) para seleção das melhores mensagens.
Dentre as quatro categorias propostas, cada jurado indicou as obras que mais lhe agradaram e que conseguiram transmitir mensagem positivas a respeito do assunto. Através de consenso e votação secreta, o processo elegeu três obras a serem premiadas e uma obra de cada categoria para menção honrosa. As vencedoras foram divulgadas em sessão solene do dia da abertura do salão e, posteriormente, no site da organização.
Em um segundo momento a comunidade foi novamente convidada a participar, agora como espectadora da exposição, lançada em 16 de agosto de 2008. A primeira mostra permaneceu durante seis meses no Casarão Cultural Pau Preto, em Indaiatuba, e foi vista por aproximadamente 25 mil pessoas da cidade e visitantes. Todas as obras inscritas no prazo estipulado foram incorporadas ao acervo da Gabriel, que detém seus direitos de uso e pode utilizá-las em ações e produtos da organização. Dos 57 artistas inscritos, três são da cidade de Indaiatuba e seis da região. Os demais artistas pertencem a várias partes do país, desde o Acre até o Rio Grande do Sul. Também enviaram seus trabalhos artistas da Polônia, Indonésia e Argentina.
Recursos Necessários
- Dois computadores completos com acesso a internet;
- Material de escritório;
- Local amplo e que respeite as normas de acessibilidade do público que visitará a exposição, contando com instalações sanitárias adequadas e segurança;
- Cópias de todas as obras do acervo, impressas em papel couchet 150g, no formato mínimo A-3;
- Painéis expositores;
- Convites impressos para mostra;
- Programa do salão;
- Banner com o logotipo do evento destacando os parceiros, patrocinadores e apoiadores.
Observação: poderão ser implantados mais recursos materiais como, outdoors, faixas, veiculação publicitária em rádio, TV e mídia impressa, coquetel de inauguração, catálogo de todo acervo, etc., conforme a dimensão do salão e a quantidade de recursos captados.
Resultados Alcançados
Os resultados alcançados com o “Salão Nacional de Humor sobre Doação de Órgãos” podem ser medidos pelo número de pessoas que tiveram acesso à exposição, cerca de 75.000 pessoas, e pelo número de acessos ao site da Gabriel, cerca de 1.300 por dia.
No ano de 2010, foi firmado acordo com a Novartis, onde são cedidas 12 imagens de obras por ano, utilizadas na confecção de calendários a serem distribuídos entre clientes da indústria. A Novartis forneceu para a Gabriel um lote de 500 calendários em 2010 e 1700 em 2011, material que foi distribuído em nossas palestras e eventos.
O 1º Salão Nacional de Humor sobre Doação de Órgãos foi também de fundamental importância para a obtenção do Selo de "Organização Parceira do Transplante", conferido à Gabriel pelo Ministério da Saúde através da Portaria 2759 de 14 de setembro de 2010. Esses dados refletem a sensibilização proporcionada à população sobre o tema, melhorando seu nível de conscientização sobre a importância do gesto de doação de órgãos e tecidos.
Em Indaiatuba é possível observar o reflexo de nossas campanhas através do número de doadores voluntários de medula óssea que se registraram no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea): cerca de 2.000. Na captação de órgãos e tecidos para transplantes realizados no ano de 2011, Indaiatuba registrou, até junho, a quarta doação, contribuindo para que cerca de 20 pessoas deixem a lista de espera por órgãos após a realização de seus transplantes.
O maior ganho, no entanto, é o crescimento do interesse da população sobre o assunto, manifestado de diversas formas. Uma das formas utilizadas pela Gabriel para acompanhar o nível de sensibilização da população de Indaiatuba é através da emissão do Cartão do Doador pelo BOS (Banco de Olhos de Sorocaba). O município de Indaiatuba é a cidade do Estado de São Paulo que mais solicita a emissão do cartão, superando cidades como São Paulo, Campinas e Sorocaba. A tecnologia social em questão demonstra que a informação é, de fato, uma das mais poderosas formas de conscientização e cidadania.
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